"Oceans"

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A CABANA, UMA PALHAÇADA TEOLÓGICA NADA ORIGINAL

Minha esposa comprou ( na verdade eu paguei preciosos R$22,00 por tal "preciosidade" ) um exemplar do vendidíssimo "A CABANA" e antes um outro que fala sobre o livro tomando carona na vendagem do original. De fato ela, que é teóloga ( e gosta de ler praticamente tudo, para analisar, criticar, repercutir, etc.) quis lê-lo por recomendação de irmãos, portanto de outros crentes ( comprou-o em uma livraria evangélica de uma importante e conceituada igreja evangélica ). Enquanto lia e me contava algo acerca do livro, eu desdenhava, lembrando que de teólogos modernos, eu realmente nada esperava ( ou espero sem preconceito ).

Encurtando as coisas, descobri nos dias subsequentes, que depois de mais de 10 milhões de exemplares vendidos, entre admiradores cristãos, católicos e principal e estranhamente espíritas, o debate na web se prolonga por mais do que devia e o livro continua nos mais vendidos e o seu escritor descobriu o Brasil vindo ainda no mês que vem na bienal do livro em São Paulo.

Abaixo uma das melhores análises que, condizente com o que os crentes de fato deveriam saber acerca do livro, reflete uma comparação com o que Willian Paul Young sugere em sua teologia espúria e nem sempre clara em sua concebida ficção esclarecedora.

Helvécio S. Pereira 

A Cabana – O fim do discernimento evangélico por Albert Mohler

Postado em 11. fev, 2010 por Filipe Schulz in TextosTraduções
Albert Mohler
Albert Mohler








O mundo editorial vê poucos livros alcançarem o status de blockbuster, mas A Cabana, de William Paul Young já ultrapassou esse ponto. O livro, originalmente auto-publicado por Young e mais dois amigos, já vendeu mais de 10 milhões de cópias e foi traduzido para em mais de trinta línguas. Já é um dos livros mais vendidos dois últimos tempos, e seus leitores são muito entusiasmados.

                                                                   Willian Paul Young
De acordo com Young, o livro foi escrito originalmente para seus filhos. Essencialmente, a história pode ser descrita como uma teodicéia narrativa – uma tentativa de responder às questões sobre o mal e o caráter de Deus por meio de uma história. Nessa história, o personagem principal está enfrentando grande sofrimento após o seqüestro e homicídio brutal de sua filha de sete anos, quando recebe um convite que se torna um chamado de Deus para encontrá-lo na mesma cabana onde sua filha foi assassinada.
Na cabana, “Mack” se encontra com a divina Trindade: “Papa”, uma mulher afro-americana; Jesus, um carpinteiro judeu; e “Sarayu”, uma mulher asiática revelada como sendo o Espírito Santo. O livro é na maior parte uma série de diálogos entre Mack, Papa, Jesus e Sarayu. Essas conversas revelam um Deus bem diferente do Deus da Bíblia. “Papa” é alguém que nunca faz algum julgamento e parece muito determinado em afirmar que toda a humanidade já foi redimida.
A teologia de A Cabana não é incidental na história. De fato, em muitos pontos a narrativa parece servir apenas como estrutura para os diálogos. E os diálogos revelam uma teologia que é, no mínimo, inconvencional e indubitavelmente herética sob alguns aspectos.


Enquanto o dispositivo literário de uma “trindade” incomum das pessoas divinas é em si mesmo sub-bíblico e perigoso, as explicações teológicas são piores. “Papa” fala a Mack sobre o momento em que as três pessoas da Trindade “se manifestaram à existência humana como o Filho de Deus”. Em lugar algum da Bíblia se fala sobre o Pai ou o Espírito vindo à existência humana. A Cristologia do livro é semelhantemente confusa. “Papa” diz a Mack que, mesmo Jesus sendo completamente Deus, “ele nunca dependeu de sua natureza divina para fazer alguma coisa. Ele apenas viveu em relacionamento comigo, vivendo da mesma maneira que eu desejo viver em relacionamento com todos os seres humanos”. Quando Jesus curou cegos, “Ele o fez apenas como um ser humano dependente e limitado, confiando em minha vida e meu poder trabalhando nele e através dele. Jesus, como ser humano, não tinha poder algum em si para curar qualquer pessoa”.

Há uma extensa confusão teológica para desbaratar aí, mas é suficiente dizer que a igreja cristã tem lutado por séculos para ter um entendimento que não ponha em risco a própria fé cristã. < A Cabana é um risco a mais genuína fé cristã e bíblica>
        A Cabana, por William P. Young
Jesus diz a Mack que é “a melhor forma para qualquer humano se relacionar com Papa ou Sarayu”. Não o único caminho, mas apenas o melhor caminho.
Em outro capítulo, “Papa” corrige a teologia de Mack ao afirmar “Eu não preciso punir as pessoas pelo pecado. O pecado é a própria punição, te devorando por dentro. Não é meu propósito puni-lo; minha alegria é curá-lo”. Sem dúvida alguma, o prazer de Deus está na expiação alcançada pelo Filho. Entretanto, a Bíblia revela consistentemente que Deus é o santo e correto Juiz, que irá de fato punir pecadores. A idéia de que o pecado é meramente “a própria punição” se encaixa no conceito oriental de karma, não no evangelho cristão.
O relacionamento do Pai com o Filho, revelado em textos como João 17, é rejeitado em favor de uma igualdade absoluta de autoridade entre as pessoas da Trindade. “Papa” explica que “nós não temos nenhum conceito de autoridade final entre nós, apenas unidade”. Em um dos parágrafos mais bizarros do livro, Jesus fala para Mack: “Papa está tão submisso a mim como eu estou a ele, ou Sarayu a mim, ou Para a ela. Submissão não tem a ver com autoridade e não é obediência; tem a ver com relacionamentos de amor e respeito. Na verdade, somos submissos a você da mesma forma”.
A submissão da trindade a um ser humano – ou a todos os seres humanos – teorizada aqui é uma inovação teológica do tipo mais extremo e perigoso. A essência da idolatria é a auto-adoração, e a idéia de que a Trindade é submissa (de qualquer forma) à humanidade é indiscutivelmente idólatra.
Os aspectos mais controversos da mensagem do livro envolvem as questões de universalismo, redenção universal e reconciliação total. Jesus diz a Mack: “Aqueles que me amam vêm de todos os sistemas existentes. São Budistas ou Mórmons, Batistas ou Muçulmanos, Democratas, Republicanos e muitos que não votam ou não fazem parte de qualquer reunião dominical ou instituição religiosa”. Jesus acrescenta, “Eu não tenho nenhum desejo de torná-los cristãos, mas apenas acompanhá-los em sua transformação em filhos e filhas do meu Papa, em meus irmãos e irmãs, meus Amados”.
Mack faz então a pergunta óbvia – todos os caminhos levam a Cristo? Jesus responde “muitos caminhos não levam a lugar algum. O que significa que eu vou caminhar por qualquer caminho para te achar”.
Dado o contexto, é impossível não tirar conclusões essencialmente universalistas ou inclusivistas sobre o pensamento de William Young. “Papa” diz a Mack que ele está reconciliado com todo o mundo. Mack questiona: “Todo o mundo? Você quer dizer aqueles que acreditam em você, certo?”. “Para” responde “O mundo inteiro, Mack”.
Karl Barth
Karl Barth
Tudo isso junto leva a algo muito parecido com a doutrina da reconciliação proposta por Karl Barth. E mesmo que Wayne Jacobson, colaborador de William Young, tenha lamentado que a “auto intitulada polícia doutrinária” tenha acusado o livro de ensinar a reconciliação total, ele reconhece que as primeiras versões dos manuscritos eram muito influenciadas pelas convicções “parciais, na época” de Young na reconciliação total – o ensino de que a cruz e a ressurreição de Cristo alcançaram uma reconciliação unilateral de todos os pecadores (e toda a criação) com Deus.
James B. DeYoung, do Western Theological Seminary, especialista em Novo Testamento que conhece William Young há anos, afirma que Young aceita uma forma de “universalismo cristão”. A Cabana, ele afirma, “está fundamentado na reconciliação universal”.
Mesmo quando Wayne Jacobson e outros reclamam daqueles que identificam heresias em A Cabana, o fato é que a igreja Cristã identificou explicitamente esses ensinamentos exatamente como são – heresia. A questão óbvia é: Como é que tantos cristãos evangélicos parecem não apenas serem atraídos para essa história, mas para a teologia apresentada na narrativa – uma teologia que em muitos pontos conflita com as convicções evangélicas?
Observadores evangélicos não estão sozinhos nessa questão. Escrevendo em The Chronicle of Higher Education (A Crônica da Alta Educação N. T.), o professor Timothy Beal da Case Western University argumenta que a popularidade de A Cabana sugere que os evangélicos talvez estejam mudando sua teologia. Ele cita os “modelos metafóricos não bíblicos de Deus” do livro, assim como o “não hierárquico” modelo da Trindade e, mais importante, “a teologia da salvação universal”.
Beal afirma que nada dessa teologia é parte da “teologia evangélica tradicional”, e então explica: “De fato, todas as três estão enraizadas no discurso acadêmico radical e liberal dos anos 70 e 80 – trabalho que influenciou profundamente a teologia da libertação e o feminismo contemporâneo, mas, até agora, teve pouco impacto nas conjecturas teológicas não acadêmicas, especialmente dentro do meio religioso tradicional”.
Ele então pergunta: “O que essas idéias teológicas progressivas estão fazendo dentro desse fenômeno evangélico pop?”. Resposta: “Poucos de nós sabemos, mas elas têm sido presentes nas margens liberais do pensamento evangélico por décadas”. Agora, continua, A Cabana tem introduzido e popularizado esses conceitos liberais mesmo em meio aos evangélicos tradicionais.
Timothy Beal não pode ser considerado apenas um “caçador de heresias” conservador. Ele está empolgado com a forma que essas “idéias teológicas progressivas” estão “se infiltrando na cultura popular por meio de "A Cabana”.
De forma similar, escrevendo em Books & Culture (Livros & Cultura N.T.), Katherine Jeffrey conclui que A Cabana “oferece uma teodicéia pós-moderna e pós-bíblica”. Enquanto sua maior preocupação é o lugar do livro “em um cenário literário cristão”, ela não pode evitar o debate dessa mensagem teológica.
"A resposta não é banir A Cabana ou tirá-lo das mãos dos leitores"



Lendo A Cabana

Ao avaliar o livro, deve manter-se em mente que A Cabana é uma obra de ficção. Mas é também um argumento teológico, e isso não pode ser negado. Um grande número de romances e obras de literatura notáveis contém aberrações teológicas e até heresias. A questão crucial é se a aberração doutrinária é apenas parte da história, ou é a mensagem da obra propriamente dita. Quando se fala em A Cabana, o fato mais perturbante é que muitos leitores são atraídos pela mensagem teológica do livro, e não enxergam como ela é conflitante com a Bíblia em tantos pontos cruciais.
Tudo isso revela um fracasso desastroso do discernimento evangélico. É difícil não concluir que o discernimento teológico é agora uma arte perdida entre os evangélicos – e essa perda só pode levar à catástrofe teológica.
A resposta não é banir A Cabana ou tirá-lo das mãos dos leitores. Não devemos temer livros – devemos lê-los para respondê-los. Precisamos desesperadamente de uma restauração teológica que só pode vir através da prática do discernimento bíblico. Isso requer de nós identificarmos os perigos doutrinários de A Cabana, para termos certeza. Mas nossa tarefa verdadeira é reaproximar os evangélicos dos ensinos da Bíblia sobre essas questões e cultivar um rearmamento doutrinário dos cristãos.
A Cabana é um alarme para o cristianismo evangélico. É o que dizem afirmações como as de Timothy Beal. A popularidade desse livro entre os evangélicos só pode ser explicada pela falta de conhecimento teológico básico entre nós – uma falha no próprio entendimento do Evangelho de Cristo. A perda trágica da arte do discernimento bíblico deve ser assumida como uma perda desastrosa de conhecimento bíblico. Discernimento não consegue sobreviver sem doutrina.
Traduzido por Filipe Schulz / iPródigo

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

COMO SABER SE VOCÊ ESTÁ CERTO DIANTE DE DEUS?




Uma pregação baseada na Palavra de Deus, e portanto bíblica, não é descredenciada ainda que o pregador tenha tido algum  deslize em sua vida espiritual. Não deixamos de ler, por exemplo, os Salmos de Davi, por ele ter incorrido no grande pecado com Batseba, embora o lamentemos e inconsciente desejássemos que nunca houvesse essa mancha em sua biografia. Isso é simples de ser compreendido: a Palavra de Deus não é do homem, mas somente de Deus, e eventualmente quando um pregador a prega, não prega de si mesmo, mas de Deus.  E pelo simples fato de ser a própria Palavra de Deus, ela não voltará vazia, a cada vez que for ouvida, acatada e aceita algo acontecerá executado, feito, enfim operado pelo próprio Senhor.

Ouça uma mensagem, de trinta anos atrás do Pastor Jimmy Swaggart, e confira essa verdade: a atualidade da inerrante Palavra de Deus. São 51 minutos  de registro de um de seus abençoados programas semanais, no Brasil transmitidos todos os sábados, pela Rede bandeirantes de televisão, mais ou menos às 8:30h da manhã, durante anos todas as semanas. Foram esses programas fonte de edificação e de conversão de milhões de pessoas no Brasil, e que posterior ao impacto do ministério do também pastor americano Rex Humbard, trouxe um avivamento evangelístico sem precedente ao Brasil, algo colhido ainda atualmente, sem nenhuma dúvida, pouco mais e três décadas depois.

Por Helvécio S. Pereira


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O TESTEMUNHO DE UMA JOVEM CHAMADA BÁRBARA... É DE FATO UMA PENA QUE TANTAS VEZES ALGUNS CRENTES SE OCUPEM EM PRESCRUTAR APENAS QUE IGREJA IR OU DEIXAR DE IR...VEJA ESSE TESTEMUNHO!



Vitória surpreendente

Aos 12 anos, Bárbara já era mulher de bandido e ajudava no tráfico. Aos 15, fugiu para o Rio de Janeiro, onde foi aliciada para ser garota de programa. O que a vida reservou a esta jovem?


Neia Meneses
redacao@folhauniversal.com.br


Uma reportagem feita em 2010 pelo canal BBC, de Londres, revelou dados alarmantes sobre o turismo sexual no Brasil. De acordo com uma investigação realizada pela emissora, as crianças e adolescentes são os atrativos principais para a vinda de turistas em busca de sexo fácil. São meninas que “vendem” a hora por 5 dólares em troca de serviços. Para estas jovens, os dez clientes que costumam ter por noite são suficientes para a compra do crack, droga muito comum nesta área. Estima-se que mais de 250 mil crianças brasileiras estejam perdendo a infância para a prostituição.


Outro drama vivido por estes brasileirinhos se refere ao aliciamento por parte de traficantes para integrar uma quadrilha. Muitos se iniciam no mundo do tráfico em comunidades como “olheiros”, onde cumprem a função de avisar os demais companheiros sobre a entrada da polícia ou facções rivais. Munidos de armas potentes, estas crianças em sua maioria vêm de lares onde a situação financeira dos pais é crítica e, assim, acabam se deixando levar pelo fascínio do dinheiro fácil.


O drama de Bárbara


Bárbara Oliveira, de 29 anos, cresceu em um lar destruído. A mãe era traficante e usuária de drogas. Com medo que a matassem, ela a trancava em casa a fim de protegê-la. “Minha mãe era viciada em cocaína, bebia bastante e de 6 em 6 meses se relacionava com mulheres. Eu presenciava tudo isso e nunca conheci o meu pai. Ela serviu aos encostos por 17 anos e quando os largou, a situação só piorou”, conta.

Tentando melhores condições de vida e a proteção da mãe, que aos poucos foi perdendo o controle da própria vida e de seus atos, Bárbara começou a traficar no lugar dela, passando a andar armada. “Eu era conhecida como a ‘princesinha do pó’ e só andava bem-arrumada. Nessa época, estava morando com um traficante. Era respeitada, considerada, vivia uma vida de rainha, mas era deprimida, infeliz. Despertava inveja nas outras mulheres; mesmo sem querer, fiz inimizades. Até pela inexperiência, pois era uma criança e me tornei intolerante. Apesar de nunca ter matado ninguém, gostava de ver as pessoas morrendo. Eu não tinha mais sentimento algum por nenhum ser humano”, comenta.


A morte da mãe de Bárbara era uma tragédia anunciada. Totalmente dominada pelo vício, nos momentos de lucidez implorava para que ela não usasse drogas. “Lembro que me pedia isso constantemente... Era uma mulher linda, mas que se destruiu com o vício. Eu a amava demais e, pensando que a estava ajudando, levava cocaína para ela, pois sem a droga ela ficava louca, quebrava tudo o que via pela frente. Na minha concepção da época, era uma forma de tentar ajudá-la.”


Mas todo o esforço da filha não foi capaz de salvá-la da morte. Um ano depois, quando Bárbara tinha 14 anos, sua mãe foi assassinada por traficantes. “A morte dela foi brutal. A molestaram sexualmente, estrangularam, deram um tiro na cabeça e ainda queimaram o corpo dela na rua. Não pude identificar o cadáver no Instituto Médico Legal (IML), porque estava irreconhecível e eu era menor de idade”, revela.

CLIQUE NA IMAGEM ACIMA PARA AMPLIÁ-LA E LER O TEXTO

Após o assassinato da mãe, ela se viu praticamente só, sem família ou parente algum, além da irmã. Foi nesta época, que Bárbara encontrou abrigo na casa de Rachel de Carvalho Oliveira, de 66 anos, a quem chama carinhosamente de mãe. “Ela sempre passava alguns períodos em minha casa, mas após a morte da mãe, ela acabou ficando por mais tempo”, declara.


E agora? O que faço?


Lágrimas, um enterro simples e duas filhas desamparadas. Assim terminava a história de Sandra, mãe de Bárbara. “Ficamos sentadas no meio- fio, chorando e sem saber para onde ir. Decidi fugir com a minha irmã. Como somos filhas de pais diferentes, a levei para a casa dos avós paternos e fui viver a minha vida, mas prometi que um dia voltaria para buscá-la. Neste momento vi o quanto a minha vida era desgraçada. Chorei por mim e por minha irmã que tanto amava”, recorda sem conter as lágrimas.


Ódio, muito ódio. Desprezo pelas pessoas, ausência de sentimentos bons e perspectivas. Assim ficou a adolescente ao constatar que estava sozinha e sem rumo.


Aliciada pela prostituição


Com a vida destruída e sozinha, com 15 anos, ela saiu de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, para tentar uma nova vida na capital. Com saudades da irmã, passando fome, sem casa, à mercê da violência urbana, a vontade de Bárbara era morrer. Por diversas vezes ela relata ter tentado o suicídio, mas, por causa da promessa feita à caçula, acabava desistindo da ideia. Ao chegar a Copacabana, zona sul do Rio, Bárbara foi aliciada por uma mulher para ser garota de programa, mas ao se deparar com as meninas mais experientes, recuou.


“Elas me disseram que meu corpo não suportaria o ‘ritmo de trabalho’ e que, para isso, eu precisaria cheirar muita cocaína. Apesar de ter crescido no meio do tráfico, eu nunca usei, pois tinha medo de me tornar uma viciada como a minha mãe. Não aceitei e saí correndo. A dona da casa me bateu e disse que eu não precisaria fazer programas, somente atender as ligações e lavar as roupas de todas as outras prostitutas. Aceitei porque não tinha jeito, eu precisava comer. Mas lavava roupa de mais de 20 pessoas. Ficava exausta”, conta.


A beleza da jovem chamava atenção dos clientes que a assediavam, oferecendo altas quantias por um programa com ela e a cada recusa apanhava da cafetina.


Água gelada? Não, água do vaso sanitário


“Após tanto sofrimento, eu fui evangelizada por um rapaz, que hoje já morreu. Ele havia se afastado da Igreja Universal do Reino de Deus e me disse: ‘Vou te levar a um lugar que vai mudar a sua vida. A minha não mudou porque eu não quis, mas você precisa ter essa oportunidade’. Eu fui por consideração, pois não acreditava que minha vida poderia ser transformada. A única coisa que ele me pediu foi para abrir meu coração quando chegasse lá”, lembra.


Bárbara conheceu a IURD de Botafogo ainda com 15 anos. Segundo ela, a libertação não foi fácil, mas ela perseverou por acreditar que aquela era sua última chance. “Quando a cafetina descobriu, passou a me dar comida estragada e água do vaso sanitário. Ela também não me deixava tomar banho, para que na Igreja as pessoas sentissem o mau cheiro e não me aceitassem. Mas isso não aconteceu, pelo contrário, as obreiras me tratavam como filha”, conta.


Sem ter outro lugar para ir, algumas vezes dormia na casa da cafetina, onde era trancada ou passava a madrugada na praia de Botafogo a fim de conseguir participar das reuniões. “Na casa dela, se eu quisesse comer comida fresca ou beber água gelada a condição era não ir para a IURD, mas eu perseverei, porque tinha a certeza de que era lá que a minha vida ia mudar”, enfatiza.


Sem condições de perdoar


Determinada a ter a vida transformada, Bárbara buscou e alcançou a libertação, porém, o sentimento de mágoa persistia e não conseguia perdoar aqueles que lhe fizeram tanto mal. “Me batizei nas águas e, como eu ainda morava na rua, as outras pessoas achavam que eu não tinha mudado em meu interior, mas, a transformação total obtive quando eu consegui perdoar. Em seguida, fui batizada com o Espírito Santo, aí consegui amar todos os que fizeram mal a mim e a minha família”, diz.


Após a conversão, Bárbara cumpriu a promessa feita à irmã. “Só voltamos a nos ver quando ela voltou para me buscar. Ela cuidou de mim e hoje é uma grande mulher de Deus. A vida dela hoje é só vitória”, diz a irmã Cíntia Cristina da Silva Longobuco, de 23 anos, no que concorda a amiga Vanessa de Oliveira, de 31.


“Estudamos juntas na adolescência. Acompanhei a sua luta com a mãe dela que era viciada em drogas, chegando ao ponto de dever aos traficantes e sendo morta por eles. Quando isso aconteceu, Bárbara ficou desnorteada. Ela entrou de cabeça na vida do crime, foi mulher de traficante. Apesar de ter medo de usar drogas, se envolveu muito na vida do crime. Graças a Deus foi transformada pelo Poder de Deus”, garante.


Uma nova mulher


O esposo de Bárbara, pastor Claudio Oliveira, que na época era membro do Força Jovem, observava o comportamento dela e acompanhou o processo de libertação e conversão da garota. “Muitas pessoas, quando souberam que me interessei por ela, me falavam para desistir porque ela só ia me atrapalhar. Nem mesmo as pessoas de dentro da Igreja acreditavam na mudança. Começamos a conversar, oramos e, como ela ainda morava na rua, pedi para que fosse morar com a minha irmã”, revela.


Cerca de um ano depois, eles se casaram e hoje servem a Deus no altar. “Somente o Deus Vivo, que é amor, poderia fazer o que Ele fez por mim. Eu falo para esse rapaz, para essa jovem, que há um caminho de vitória, há um Deus que pode tirá-lo dessa situação, desse barraco, dessa vida de sofrimento. Ele quer te dar a paz, que é o que eu tenho hoje”, assegura Bárbara.

Leia mais: "Bárbara", a nova minissérie da Record
Colaboraram: Vanessa Sendra, Ivonete Soares, Jorge O’hara


Fonte: Folha Universal de 28 do 08 de 2011

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